quarta-feira, 15 de junho de 2011

Férias de armários

Quando a Helena viaja
Sem tempo pra alugação
Não tem armário pra cair
Como caber no mochilão?

terça-feira, 7 de junho de 2011

A Helena é uma cebola

 O que o inverno tem a ver com cebolas?

Eu gosto do inverno e poderia listar alguns motivos que justificassem isso, mas vou ater-me a apenas um deles. É no inverno que a Helena erra a mão e faz verdadeiras acrobacias dentro do armário.

Vocês já notaram que a Helena consegue fazer as mais psicodélicas combinações de cores e padrões certo? Durante o inverno isso só melhora (piora?) pois o número de peças que ela tem que vestir é bem maior. Aqui em Curitiba, no inverno, é assim: faz um frio danado pela manhã, na hora do almoço esquenta e já no final do dia a temperatura despenca. Devido a essa peculiaridade climática muitas vezes vi minha colega chegar vestindo quatro blusas, três tipos de meia, vestido, saia, calça jeans, jaqueta e cachecol e, ao longo do dia, ir tirando as peças uma a uma até ficar quase desnuda. Eu olhava aquilo e achava muito divertido até que um dia olhei para ela e disse:

- Helena, você parece uma cebola.
- Por quê? Não entendi.
- Porque você é cheia de camadas. Nunca assistiu Shrek?


- Pra sua informação, há mais do se imagina nos ogros.
- Exemplo?
- Exemplo? Ok… Ah… Nós somos como cebolas.
- Fedem?
- Sim. Não!
- Oh. Fazem você chorar.
- Não.
- Oh, deixa eles no sol e eles ficam marrons e soltam aqueles cabelinhos…
- Não! Camadas! As cebolas têm camadas, os ogros têm camadas. A cebola tem camadas, entendeu? Nós dois temos camadas.
- Oh, vocês dois têm camadas. Oh. Sabe, nem todo mundo gosta de cebolas. Bolo! Todo mundo adora bolo! E tem camadas.
- Eu não ligo pro que todo mundo gosta! Ogros não são como bolos.

Resumindo: as cebolas têm camadas, os ogros têm camadas e a Helena tem camadas.

Nossa cebola bem agasalhada. No reflexo do espelho, a privada denuncia que nossa sessão de fotos rolou no banheiro.

E foi-se a primeira camada

Adeus Gorrinho

Um vestido! E pior, ainda tem mais uma blusa por baixo

Finalmente, a (quase) descascada Helena.

Detalhe para a meia de tricô que a vovó fez
Deu pra encher o cabide

terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu modelava

Dia desses vim trabalhar de vestido. Sou uma pessoa tímida e discreta e pensei ter passado despercebida pela portaria, mas eis que o telefone toca:

“Fiquei sabendo que você está uma graça hoje. Vou aí te fotografar.”

Mais tarde a Helena apareceu na minha sala com a máquina em punho, pronta para uma sessão de fotos. O problema é que eu não levo jeito pra modelo, pra fazer caras e bocas; então sempre acho que minhas fotos saem assim...bem mais-ou-menos.

Kátia, à princípio "mais-ou-menos", no seu look meigo: vestido azul rodado e blusa verde de tricô
O vestido de bolinhas, que com o flash ficou parecendo mais um céu de estrelas!
Ontem, mexendo numas fotos antigas, descobri que num passado não tão distante eu pagava de modelo. É minha gente, eu modelava.

Tudo combinando em azul turquesa: saia, blusa, tiara, a melissa e até a roupa da boneca
A pose

Garota do Fantástico 1986
Na laje

E depois a Kátia diz que é tímida... detalhe da pulseira


terça-feira, 24 de maio de 2011

Vovó caia no armário

Vasculhando os armários da vovó, encontrei umas revistas de 1954, Jornal das Moças, ou o Manequim de hoje. Minha vó é filha de costureira com alfaiate, e aprendeu a costurar desde nova. Assinava o tal Jornal das Moças pra ficar por dentro dos modelitos da época, e já ir aprendendo a fazer seus moldes, pra poder cair no armário com elegância. Agora quem está disposta a aprender a costurar sou eu, só falta o tempo e o capricho (sinceramente, não sou lá muita atenta a acabamentos). 
Mas a idéia do post de hoje não é assombrá-los com meus futuros modelitos costurados por mim mesma, mas sim mostrar umas páginas do tal Jornal das Moças, e ver que, fora as cinturas que nunca mais serão as mesmas, os modelos, cores e estampas vão e voltam. E as roupas do carnaval de 50 são as que a gente usa no dia-a-dia, quase. Engraçado é que eu me identifiquei mesmo foi com os vestidos de criança, hehehe.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Moda no mundo bovino

Esse blog está fazendo tanto sucesso que até os animais estão caindo no armário; ou tentando.

Um boi, fã confesso da Lady Gaga, ao ver sua musa trajando um vestido feito de carne pensou: se ela pode, eu também. O bovino, cheio de si, passou a mão no cartão de crédito e se jogou dentro de uma loja. Para seu azar a loja não trabalhava com tamanhos grandes e após uma hora de entra e sai do provador, o pobre boizinho teve que ir embora de mãos vazias.


Leia a notícia na íntegra clicando aqui.

NOTÍCIAS RELACIONADAS



PS: Post sugerido por nosso amigo Amilton, nosso leitor assíduo de cabelo espetado. Obrigada!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Anagrama

Encontrei a Samantha e elogiei sua roupa elegante: primeiro o colete, num estilo de alfaiataria retrô, um luxo. Depois, comentei da calça de veludo preta, quando ela me corrigiu: 

-Veludo não, amiga, cotelê - colocando a língua pra fora como uma francesa que queimou a língua.

Minha mente então me jogou para um episódio longínquo de minha vida - imaginem como nos filmes, eu rodando e caindo sobre uma superfície psicodélica de sonho, a palavra cotelê ecoando - quando aprendi o significado da palavra anagrama:
Certa vez ganhei de uma amiga muito querida uma camiseta da Candyland. Pois é, há poucos anos atrás eu só usava camiseta, e nada de regata, pois não gostava de mostrar os ombros...pois é, o tempo passa, as coisas mudam, a gente envelhece e muda de idéia. Bom, as camisetas da Candyland tinham estampas únicas, feitas por artistas convidados, e no caso da camiseta que eu ganhei, num tom de verde exército com detalhes em abóbora (para os homens: laranja), a estampa tratava-se de um grafite de um carro estilizado, com a palavra OLIX escrita em caixa alta. A camiseta não era muito grande, visto que era para o meu tamanho, e ela vinha com uma etiqueta pendurada quase do tamanho dela. Nesta, havia a mesma estampa da camiseta, o nome do artista e a explicação do desenho, que era realmente um grafite feito num muro na cidade de São Paulo, e que as letras formavam um anagrama. Fiquei curiosa pra saber o que seria um anagrama, e o maldito dicionário me explicou: quando mudamos a ordem das letras de uma palavra, temos um anagrama, e consequentemente outra palavra, real ou não. Nesse caso, eu estava andando por aí me achando com uma camiseta com um anagrama de LIXO. Maravilha.

Samantha me chama.

- Helena, Helena... por que você tá babando?

Aos poucos, retorno da memória-sonho. Calmamente, como um monge que por anos fitou a mosca sobre o próprio nariz para encontrar a iluminação, digo:

-Sua roupa é um anagrama, Samantha. Cotelê e Colete.
 
Samantha me olha com aquela cara de "ué". Vou embora, com a sensação de ter voltado de uma viagem psicodélica do LSD que eu nunca tomei.


ps.: Como todo mundo pode perceber, tivemos um problema técnico-mental com a fotógrafa, que simplesmente não fez o serviço dela. Esse negócio de contratação pelo menor preço, sabe como é...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Casar, comprar uma bicicleta ou falar de homens de meia-idade?

Kátia estava usando uma camiseta que ela já usou outra vez. Eu não sei bem o que é que me chama a atenção, se é o tecido, se a estampa envelhecida, o corte ou a Katia de amarelo. Sei que da outra vez eu também reparei e comentei, e tenho certeza que não fui a única. A peça-chave (!) do look (!!) da Katia, certamente, era a camiseta amarela clara, que foi colocada em destaque com a calça skini (putamerdacomoescreveisso) em jeans escuro e a sapatilha preta. Um look clean, nem um pouco desconectado (como os sabidos da moda chamariam as minhas roupas), versátil e utilitário para os desafios do dia-a-dia. (tô ficando boa nesse linguajar de modista, ein!)





A estampa da camiseta, com tons de marrom e sépia, retrata um senhor de meia-idade (tipo você, que leu essa frase e pensou, serei eu um senhor de meia-idade?, huhum, maroto!) e que eu me lembre uma bicicleta.
 
Ok, pessoal, momento para conversarmos SÉRIO. Sei que vocês são bem espertinhos e já sacaram a falha. Eu escrevi esse texto já eram 11h da noite e não tinha a foto pra confirmar o desenho da camiseta. Vendo-o hoje, percebi que não há qualquer bicicleta na estampa. Pois bem, vocês hão de concordar comigo que uma bicicleta caberia muito bem ao lado do senhor de meia-idade, não é mesmo? Super retrô. Pois é, não tem bicicleta nenhuma ali. Porém, leitores sedentos por novidades, faremos agora um pacto ficcional, e no lugar do barquinho em baixo, imaginaremos - vamos lá, deixe de preguiça - uma bicicleta! Sim, uma bicicleta, pra não estragar a ligação com a história toda que eu vou contar aqui, e que prometo ser engraçada. Vocês devem ter ouvido quando crianças - talvez os senhores de meia-idade tenham ouvido na adolescência, mas não tem problema - aquela música do disco do Plunct-Plact-Zum que dizia use a imaginação. Pois é isso que eu estou pedindo pra vocês, combinado?

Voltando:

A estampa da camiseta, com tons de marrom e sépia, retrata um senhor de meia-idade e uma bicicleta (Olha lá o pacto, ein!), o que me leva a fantástica expressão não sei se caso ou compro uma bicicleta.

Digitando essa frase toda no oráculo Google, temos uma lista de blogs e sites femininos, além do yahooperguntassemresposta com uma besteira atrás da outra pra você se divertir sabendo que tem gente no mundo que realmente pergunta essas coisas. Mas o que mais me surpreendeu foi o texto que indicava para o site da revista EXAME: A operação brasileira do grupo Bunge mostra até que ponto uma estratégia errática pode comprometer um negócio. Confesso que quando li isso fiquei com medo e resolvi parar de pesquisar. Mas tenho uma história que explica muito bem o porque dessa belíssima expressão da língua portuguesa.
 
Uma conhecida, cujo nome não citarei pra que os tarados (alguém?) e curiosos de plantão não resolvam segui-la, um dia resolveu andar muitos quilômetros em sua bicicleta nova. Como todo ossinho da bunda deve saber, bicicletas não são feitas para andar quilômetros sem causar dores ou formigamentos anais. Mas essa moça, que chamarei de ciclista, resolveu desafiar seus próprios limites e andar durante quase o dia todo de bicicleta, afinal, a dor só vem mesmo no dia seguinte, e você fica andando que nem uma pessoa com hemorróidas e que comeu comida mexicana.

A ciclista andou muito, mas muito mesmo, sem qualquer preparo anterior além de um leve alongamento. Lá pelo trigésimo quilômetro, os ossinhos da sua bunda já estavam amortecidos, a perna já tinha cansado de se cansar e as costas já estavam travadas em posição de ciclista. De repente, começou o formigamento...numa parte um pouco mais embaixo do esperado, o que causou na ciclista uma sensação estranha e prazerosa, que ela nunca tinha imaginado conseguir trepada sobre uma bicicleta.

Resumindo: cogitar entre casar ou ter uma bicicleta tem a ver com, digamos, o êxtase tântrico, a éguinha pocotó e aquele papinho de que sexo é vida mais da metade dos homens tem problema de ereção da propaganda que sempre passa na hora do meu mingau matinal e me lembra que está na hora de cair no armário.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Corações, diminutivos, apartamentos e francesismos

Chers amis du relevand de l'armoire*!
* Tradução especial do Google, totalmente incorreta, que pode significar tanto"Caindo dentro do armário" quanto "Olá, Garotas."

Véspera de feriado, Samantha chega chorando (!) no corredor, dizendo que depois de 6 meses conseguiu um apartamento para alugar. Essa triste procura, os carpetes úmidos com cheiro de cachorro molhado que a gente tem que enfrentar. Já pensou cada moquifo? Pois é, as imobiliárias podiam ter uma ideiazinha mais marketeira e dar um geral nos apartamentos antes de colocar à venda ou pra alugar. Um lugar mais apresentável é suficiente para conquistar um comprador cansado de mofo nas paredes e cheiro de totó no apartamento inteiro.
A Japa Hardcore chorando, vocês estavam preparados pra essa surpresa? Pois é, nem eu. Deu uma dó, mas pensando bem, deve ser bem mais fácil para um japonês chorar, afinal, eles tem os olhos pequenininhos, enchem bem mais rápido de lágrimas, e aí falta pouquinho pra escorrer, né? Puxa, mesmo fazendo graça, falar de lágrimas fica sentimental...e a Samantha, prevendo seu momento emotivo, veio à caráter: um vestidinho baloné (?) azul todinho de corações, bem meiga. Outro dia, inclusive, ela me contou que quando ela comprou o vestido, ele tinha uns botões dourados super decadentes, que ela sábia e meigamente trocou por botões de coração, detalhe: exatamente da mesma cor! Uma chérie, ainda por cima com o sapato azul de petit pois combinando. Dica da Aubergine Rebelle: só faltou aqueles brincos de botão que eu te dei de natal, né? E voilà le vêtement de notre amie japonaise!




No mesmo dia, quem caiu no armário foi Katia Dias! Mas isso fica pro próximo post, combinado?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pausa para leitura

Deixando o mundo da moda um pouco de lado, que tal ganhar um livro?


Fonte


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Birra

Eu não tinha um dicionário por aqui, muito menos um Houaiss, e a internet não está funcionando direito, você pesquisa alguma coisa, mas não pode entrar nos resultados de busca. Enfim, conforme a leitura dos 11.900.000 resultados do google, birra é coisa que criança faz, e que pode ser chamada de chilique ou piti, quando feita por uma mulher madura. Mas na história que vou contar, birra aqui não foi bem um chilique, mas uma teimosia particular de uma alma irrequieta (!).

Vamos falar da Kátia. Aparentemente, ela é quietinha, daquele tipo que não quer arranjar problema com ninguém, muito menos ter chilique ou dar piti. Veremos.

No ano passado, estávamos em época de eleição dos novos membros da CIPA aqui do prédio, e como não tinha lá muita gente interessada em se envolver com acidentes de trabalho (como da vez que caiu uma pasta-arquivo na minha cabeça e afins), a Michele, colega nossa que faz parte da CIPA, veio com um papinho sinistro chamando o pessoal da sala pra se candidatar. Nossa supervisora mais do que rapidamente respondeu que ali na sala ninguém tinha tempo pra isso (talvez ela tenha substituído "isso" por "besteiras da CIPA", mas melhor não confirmar ou pode dar problemas jurídicos).

A Kátia não é o tipo de pessoa mais animada com aglomerações sociais, porém, seu interior avesso a hierarquias e respostas autoritárias se remexeu e mais do que rapidamente perguntou pra Michele:

- Como faz pra se candidatar?

Eu não sei dizer se a supervisora arregalou os olhos naquele momento. Sei que eu não só arregalei como tive um ataque de risos interno, só de ver a Kátia com aquela cara de sonsa, como se não estivesse contradizendo o que a supervisora tinha acabado de falar.

Pois é, ela se candidatou, só de birra. E a gente, também só de birra e um pouco por falta de opção, votou nela. E só de birra, ela foi eleita como suplente! Mas como boa suplente, e tendo feito tudo só pra irritar a supervisora, ela nunca foi em sequer uma reunião. Pois é, a Kátia tem uma Funérea dentro de si.


Afinal, o que isso tem a ver com a roupa de hoje?

Kátia veio com um vestido rosa, uma meigura, presente do seu namorido. Como ela nos contou, ele deu o vestido com a petulante frase: duvido que você use.

Pois é, ela usou. Só de birra. 

Detalhes: o sapato azul de florzinha, muito mocinha, e o colar de rosas, fechando o look meigo e disfarçando a birra.










sexta-feira, 8 de abril de 2011

Combinando em descombinar

Fui olhar no Aurélio – não, no Aurélio não, a moda agora é consultar o Houaiss. Fui olhar no Houaiss o significado de descombinar e lá estava desfazer um acordo, combinação etc, feito anteriormente.

Mas peço licença, que me perdoem o Aurélio e o Houaiss, vou me apossar da palavra em questão e criar para ela um outro significado.

Antigamente eu acreditava (ou acreditava-se) que se eu calçasse um sapato amarelo, o cinto teria que ser amarelo, assim como a bolsa os brincos, o relógio e talvez até a calcinha; tudo combinandinho. Mas não é bem assim. Mais do que combinar, o grande segredo é fazer com que roupas e acessórios se complementem e formem um conjunto harmônico. Então seguindo esse meu raciocínio, combinar roupas e acessórios pode ser uma coisa desastrosa quando feita de maneira exagerada. E descombinar, o que é? Para isso eu tenho duas definições:

Número 1: você tenta combinar cor do batom  + esmalte  + meia + blusa + sapato e quem sabe o brinco.  Imagine tudo isso num tom assim, rosa chock. De tanto tentar combinar acabou saindo uma coisa assim, descombinada.

Número 2: num dia de muita inspiração você olha para o armário e diz “ok, se não preciso usar tudo da mesma cor para combinar, vou tentar harmonizar o visual.” Dito isso você se joga e sai do outro lado do armário trajando: jaqueta de couro marrom, bota lilás, saia verde e quem sabe um brinco dourado só pra finalizar. Arrasou? Não, você descombinou geral.

Agoram preparem-se para conhecer a Samatha, nossa japa hardcore. Ela resolveu que ia combinar e para não correr o risco de errar se jogou no lado negro do armário. Detalhe para o sapato, amei, pena que não tenho personalidade para tanto.




E é claro, Helena Sofia, que esqueceu que estamos perto da Páscoa , ao invés de vir vestida de coelho, foi logo colocando um modelito de festa junina.




E como (des)graça pouca é bobagem as duas tinham que tirar foto juntas.


Obs: detalhe para as pernas tortas...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A vida em 1,60m

Li hoje uma postagem da Natália Leão no blog universo feminino, e me senti totalmente identificada. Acho que o título da postagem já explica, né? 
Leia aqui.

O Blog Universo Feminino também tem a ver com a gente, já percebeu? apesar de homens também terem o direito de se jogar no armário...ou de serem jogados, dependendo da ocasião. 

Amanhã, uma postagem especial, estrelando Samantha, a Japa Hardcore, em seu look dark shine in my eyes (eu que dei o nome, lindo, hahahaha).

ps: um alô ao nosso leitor mais assíduo, de cabelo arrepiado e que nos cobra as "quedas" diárias!

domingo, 3 de abril de 2011

Que moda é essa?

Pra começar a semana, um texto da Katia, já publicado em seu blog fabuloso e atualizado para o Caindo dentro do armário. Pra pensar um pouco em como e por que se vestir (ok, por que você já sabe...).

Vocês já ouviram falar no Esquadrão da Moda versão da tevê do Sílvio Santos para o programa What Not to Wear dos canais Discovery Home & Health e BBC? Eu, que já tinha um amor declarado pelas séries de tevê, descobri uma simpatia muito grande por reality shows, daqueles que passam no canal People & Arts e que as emissoras tupiniquins vivem reproduzindo (mas nada de BBB, please!). O Esquadrão é basicamente assim: alguém, sem nenhum estilo ou de estilo duvidoso ao se vestir, é "denunciado" por amigos e parentes e tem a chance de renovar seu guarda-roupa. Para isso conta com a ajuda de dois consultores de moda e de um cartão com um crédito de dez mil reais. 

Assistindo ao Esquadrão percebi que o número de pessoas que caem dentro do armário – sem nenhum estilo – é gigantesco. É incrivel ver como existem pessoas sem nenhum parâmetro na hora de vestir. Não que eu seja modelo de classe e estilo, muito pelo contrário, mas provavelmente eu não sairia por aí vestindo um terninho cor de catchup descombinando com uma bota marrom e uma bolsa amarela. 

Existem pessoas que são fissuradas em manter-se "na moda" desde sempre. É bom andar bem vestido, claro, mas há de se ter bom senso. Por exemplo, na última coleção daquele estilista super famoso a tendência eram vestidos hiper curtos em um tecido que marca bem as curvas. Então a indústria começa a produzir toneladas e mais toneladas desse tipo de roupa. Para cada vitrine que você olha lá está o vestido pedindo para ser comprado e usado. Até aí tudo bem mas, aquele vestido lá do desfile e esse que está na vitrine foram feitos para um biotipo específico, o das *mulheres-cabide, aquelas em que qualquer coisa que vestirem fica bem. Geralmente são mulheres magras, altas e com busto, cintura e quadris que obedecem as rigorosas leis dos estilistas. Eles não foram feitos para quem tem 1,50 m de altura, está acima do peso ideal e tem uns pneuzinhos distribuídos em algumas partes do corpo. Mas esse vestido "está na moda" então, contrariando as leis da física e do bom senso você vai lá e compra.

* nada contra as mulheres que vestem bem qualquer roupa, talvez um pouco de inveja, afinal por que tudo tem que ficar bem nelas? 

As pessoas confundem muito a noção de moda com a de indústria da moda. O objetivo principal da indústria não é lhe fazer mais bonita, e sim vender mais roupas e aí não importa se esta ou aquela vai lhe cair bem, o importante é que você consuma sempre mais. Eu por exemplo uso muita calça jeans mas toda vez que vou comprar uma calça nova é um sacrifício. Primeiro porque, ao invés da roupa ser feita para se adequar ao meu corpo é o meu corpo que tem que dar um jeito de ficar bem dentro da peça e segundo porque as vendedoras sempre querem me empurrar calças cheias de bordados, brilhos e outros badulaques. A justificativa? "Tá na moda agora." ou Tá vendendo bastante desse modelo." Ou seja, além de usar algo que não fica bem em mim ainda vou sair por aí igual aos outros. 

Outro tormento é quando tenho que comprar um sapato. Eu não uso salto alto, não gosto de salto alto e para mim ele não é nem um pouco prático, principalmente morando em Curitiba (quem conhece as calçadas daqui sabe do que estou falando), mas a bendita loja só tem sapatos com salto altíssimo porque agora "estão usando". 

E a necessidade que implantam em nós de que, a cada lançamento de coleção primavera/verão ou outono/inverno, temos a obrigação de renovar nossos guardarroupas? Será que aquela bota ou aquela blusa que comprei no inverno passado está tão ultrapassada assim? No final todo esse apelo comercial acaba dando um nó na cabeça e compramos um pouco de cada coisa, mas essas coisas não combinam entre si e talvez por isso um dia você saia com uma blusa amarelo ovo de bolinhas roxas e uma saia verde. Aí você vai dizer que não tem dinheiro para comprar roupas bacanas. É, mas para comprar aquela bota amarela que "estava na moda" e que você só usou uma vez, dinheiro não foi o problema. 

Eu não tive uma educação para a moda. Quando criança usava o que meus pais compravam para mim. Na adolescência usava o que todos os adolescentes usavam e posso dizer que fui do gótico ao grunge sem escalas (ah... mas na adolescência a gente pode). Agora tento ter bom senso e me vestir na medida do meu salário, das minhas medidas e principalmente do que gosto. Nem sempre acerto e devo confessar que tenho uma preguiça imensa de ir de loja em loja para comprar uma roupa, mas às vezes é inevitável. E como não tenho um personal stylist tenho que treinar meu bom gosto porque às vezes aquele vestido maravilhoso que você olha pela vitrine esteja lá só para ser olhado. 






quarta-feira, 30 de março de 2011

Samba Nipônico

Prezadíssimos leitores ávidos por informações das profundezas dos armários! 
Leiam e divirtam-se. E aproveitem a oportunidade de clicar e cair no armário, ao fim do post (sem efeitos cinematográficos, ainda.)

A Helena vocês já conhecem. A Kátia (também conhecida como eu) idem, mas temos uma personagem que ainda precisa ser apresentada: a Samantha, também conhecida como a Japa Hardcore. O que lhes vem à cabeça quando pensam no povo japonês? Serenidade, calma, reflexão, paciência. Pois é, coloque tudo isso do avesso e você terá uma idéia de quem é a Samantha. A Samantha é aquela que nos proporciona as risadas mais gostosas do dia, seja por causa das suas caretas, das suas conclusões totalmente hilárias ou, acima de tudo, por causa da sua sambadinha quando fica nervosa. É sério, quando está bem nervosa ela samba.

Eu, Helena e Samantha resolvemos almoçar no shopping. O tal shopping fica a meia quadra do nosso trabalho, ou seja, praticamente impossível acontecer algo grave neste curto trajeto. Ah, mas eu não contava com a capacidade da japa; quase conseguimos ser atropeladas pois a criatura viu aquele monte de carro descendo a rua e gritou:

- CORRE!

Instintivamente eu e Helena corremos. Felizmente sobrevivemos para ver a Samantha do outro lado da rua quase chorando de tanto rir. Sabe criança quando apronta?

Mas vamos falar de moda (ou da falta de). Dessa vez Helena, nossa modelo, caiu de leve no armário. A peça mais chamativa era o seu tênis-balão-de-festa-infantil. Ela estava comportada, estava sim, até a hora em que quis mostrar em que loja havia comprado a calça. Qualquer pessoa sã apenas citaria o nome da loja, mas Helena foi mais longe, ela quis provar que a calça era de tal loja e para isso enfiou a mão por dentro da calça (tipo quando a pessoa vai coçar a bunda) para puxar a etiqueta. A etiqueta veio e com ela um bom pedaço da calcinha.

Detalhe importante: estávamos no meio da rua.






Roupas (ou o cabide da Zara):
Blusa de lã lilás da Zara
Vestido (ou camiseta, não sei) de candelabro da Zara
Legging da Abstrato (loja chique aqui do Batel, com etiqueta!)
Tênis colorido do Rio de Janeiro, presente da mamãe
Colar presente de natal da madrasta

Fotos poéticas (na cozinha e com a moldura): Gui Araujo (Ponderas)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Marmelada de Banana

Pessoal, notícias diretas do mundo de Monteiro Lobato! Bem que a Kátia falou que eu tinha problemas com cores...

Hoje tivemos um exercício de abandono de prédio aqui onde trabalhamos. Vejam bem, o prédio tem dez andares e eu trabalho no oitavo. Na escadaria do sétimo a fila simplesmente parou de andar e ninguém mais descia. Se fosse pra valer acho que não estaria aqui escrevendo para vocês. Acho que esse exercício não teve o sucesso esperado.

Agora o que fez sucesso hoje foi a roupa da Helena. Não sei dizer o que chamava mais a atenção: o pessoal da brigada de incêndio com seus coletes laranjas fosforescentes ou a combinação de cores da nossa querida colega.

Hoje a Helena não caiu dentro do armário, ela deu uma cambalhota.

Não sei porque eu olho para minha colega e lembro do Sitio do Pica-Pau Amarelo.







Ou como disse nosso colega Sandi:
   - Você veio vestida de babá dos Muppets!

Pra ficar igual:
Blusa de lã vermelha da Zara
Meia-calça azul comprada na Americanas
Vestido da Pernambucanas
A sapatilha roxa de sempre, grande e à venda (hoje, tamanho 38).

quarta-feira, 23 de março de 2011

Polainas

Caros seguidores fissurados por moda! O momento esperado chegou! Finalmente, Katia Dias, nossa gloriosa Gloria Kalil da moda non-sense, enviou seu parecer para abrilhantar nosso blog.
Leiam e comentem.

De acordo com a Wikipedia (tá, eu sei que o nível de confiabilidade da Wikipedia pode não ser tão bom mas era o que tinha no momento) Polaina é o nome de uma peça de roupa, geralmente de lã, usada por cima do sapato. Sua função é proteger a parte superior da perna e o peito do pé. A polaina foi bastante popular na década de 80 e é usada até hoje.
Eu devia ter uns nove ou dez anos. Não sei como, um dia uma polaina apareceu lá em casa. Talvez fosse um presente mas acho mais provável que alguém estivesse tentando se desfazer dela. O fato é que aquela polaina cinza de lã veio parar nas minha mãos, ou melhor, nos meus tornozelos. Tentei usá-la algumas vezes mas, por mais que fizesse frio no inverno de São Paulo, não era o suficiente para justificar o uso.
O tempo passou, as polainas cinzas ficaram para trás mas eis que essa semana a Helena aparece na minha sala, toda de preto e vestindo polainas! Na verdade são meia disfarçadas de polainas, mas tá valendo mesmo assim. Sem perder tempo fomos até o corredor do prédio para tirar as primeiras fotos do blog. Desculpem se a qualidade das fotos não for tão boa mas na falta de uma máquina decente tive que usar meu celular.
O engraçado na nossa sessão de fotos foi que a cada passo que ouvíamos nas escadas parávamos o que estávamos fazendo para esperar a pessoa passar até que a Helena, com suas bolas-fora geniais, disse para uma copeira que descia as escadas: 
             - Oi! A gente tá fazendo coisinhas aqui.
E eu:
             - Como assim fazendo coisinhas Helena?
Talvez nesse exato momento o andar inteiro esteja desconfiado que eu e Helena temos um caso.
Enfim, não se acostumem com a sobriedade da Helena. Ela é bem mais colorida (tem dias que até demais). Para não deixar tudo tão dark ela colocou um colar feito de fuxicos coloridos. 



Vestido de algodão da Hering
Meia 3/4 (virada pra usar como polaina) que deve ser da Renner...
Fuxicos paulistanos
Sapatilha roxa (maior que meu pé): tô vendendo.
Aguardem! As próximas avaliações podem ser bombásticas...